Brasserie Balzar

Brasserie Balzar: a alma das brasseries parisienses

A poucos passos da Sorbonne e do Collège de France, a Brasserie Balzar permanece como um ponto de referência desde 1894. Ao atravessar a porta de vidro, mergulha-se em um cenário Art Nouveau: espelhos dourados, boiseries escuras, plantas verdes e toalhas de mesa brancas impecáveis. Aqui, tudo respira tradição.

Balzar,  uma mesa, uma história, uma atmosfera

Brasserie Balzar

Hora do almoço, durante a semana. O salão ganha vida aos poucos. Estudantes em intervalo, professores universitários, habitués do bairro: uma clientela fiel que se encontra ali quase por reflexo. Os garçons, de avental preto e camisa branca, deslizam entre as mesas com uma elegância ensaiada. A recepção é calorosa, marcada por uma leve ironia que arranca sorrisos. “Isso é o Balzar”, confidencia um frequentador enquanto saboreia sua taça de vinho tinto.

O serviço é fluido, eficiente, quase coreografado. No cardápio, os clássicos da brasserie francesa: ovos mimosa, aipo com molho rémoulade, terrine de campanha caseira. Os pratos chegam fartos: um pernil de “laiton” servido quente ou frio, acompanhado de batatas fritas caseiras e maionese, ou um sirloin steak perfeitamente grelhado. As porções são generosas, a cozinha reconfortante. Na sobremesa, profiteroles geladas cobertas com calda de chocolate lembram por que este lugar continua sendo parada obrigatória.

Mas a fama do Balzar não se deve apenas à sua cozinha. É a atmosfera que faz a diferença. Encontra-se ali essa mistura rara de descontração, gentileza e elegância simples que transforma um almoço comum em uma pausa agradável. “A gente vem aqui tanto para comer quanto para se sentir bem”, comenta uma cliente sentada perto da janela.

Instituição no coração de Saint-Germain-des-Prés, a brasserie já recebeu pensadores, escritores e acadêmicos. Hoje, continua sendo um ponto de encontro onde o espírito parisiense se cultiva: entre a tradição culinária e as conversas animadas.

A Brasserie Balzar, mais que um restaurante, é uma memória viva.

                                                               

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