Baguete

A baguette francesa é um ícone da culinária francesa, conhecida em todo o mundo por sua forma longa e crocante

Este pão tradicional faz parte da identidade cultural da França e é apreciado diariamente por milhões de pessoas em todo o país. Tamanha é sua importância cultural e gastronômica que, em 2022, a baguette francesa foi oficialmente reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. Neste artigo, vamos explorar a história, a importância e os segredos desse pão amado que conquistou um lugar especial na mesa dos franceses e no coração dos amantes da gastronomia em todo o mundo.

A baguette “o pão emblemático da França”

Baguete

Com sua crosta crocante e miolo macio, a baguete, surgida no início do século 20 em Paris, é hoje o pão mais consumido no país. Todos os dias, 12 milhões de franceses empurram a porta de uma padaria e mais de seis bilhões de baguetes saem das padarias a cada ano. Ir comprar pão é assim um verdadeiro hábito social e de convívio que pontua a vida. 

Data histórica

É um emblema no mundo, agora reconhecido, da vida quotidiana dos franceses. A baguete foi tombada nesta quarta-feira, 30 de novembro 2022, como patrimônio imaterial da humanidade pela UNESCO. A organização, que acima de tudo honra as tradições a serem preservadas mais do que os próprios produtos, distinguiu o artesanato e a cultura em torno deste elemento essencial das mesas francesas. A UNESCO reconheceu a baguette como uma arte de panificação que é transmitida de geração em geração, preservando as habilidades e o conhecimento tradicional dos padeiros franceses.

No Twitter, o presidente Emmanuel Macron saudou “250 gramas de magia e perfeição em nossas vidas diárias. Um modo de vida francês”, acrescentando: “Há anos que lutamos com os padeiros e o mundo da gastronomia pelo seu reconhecimento. A baguete agora é patrimônio imaterial da UNESCO! »

A baguette “tradição” enquadrada por decreto desde 1993


A escolha de apresentar a candidatura da baguete havia sido feita no início de 2021 pela França, que a preferiu aos telhados de zinco de Paris e a um festival de vinhos do Jura. Este reconhecimento é particularmente importante dadas as ameaças a este saber-fazer, como a industrialização e a diminuição do número de padarias, especialmente nas comunidades rurais. Em 1970, existiam cerca de 55.000 padarias tradicionais (uma padaria para 790 habitantes) contra 35.000 hoje (uma para 2.000 habitantes), ou seja, um desaparecimento médio de quatrocentas padarias por ano durante cinquenta anos.

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